MORACEAE

Ficus eximia Schott

Como citar:

Massimo Giuseppe Bovini; Tainan Messina. 2012. Ficus eximia (MORACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

4.569.401,193 Km2

AOO:

348,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica e amplamente distribuída no país, encontrada nas regiões Norte (Roraima, Pará, Amazonas), Nordeste (Maranhão, Paraíba, Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Romaniuc Neto et al., 2011). Encontrada também em Rondônia (CNCFlora, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Massimo Giuseppe Bovini
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie amplamente distribuída pelo Brasil e encontrada em unidades de conservação (SNUC). Apesar de ser polinizada por uma única espécie de abelha, o pólen é levado a grandes distâncias.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Nome popular: figueira-brava (Mendonça-Souza, 2006). Descrição em Mendonça-Souza (2006). Carauta (1989) considera a espécie duvidosa, adotando F. glabra Vell. como o nome válido para o táxon.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: A perda e a fragmentação de habitat reduzem a riqueza alélica dessas espécies. No entanto, essa espécie apresenta elevada variabilidade genética, ausência de endogamia, presença de alelos raros e exclusivos em suas populações e uma alta distribuição da variabilidade genética intrapopulacional. Dessa maneira, a fragmentação e o isolamento físico não impedem a troca gênica, resultando em fertilização (Nazareno, 2009).

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ombrófila Densa, Estacional Semidecídua, Restinga, pastagem e próximo a cursos d'água (Mendonça-Souza, 2006)
Habitats: 1 Forest, 13 Marine Coastal/Supratidal
Detalhes: Árvore ou hemiepífita, de 4 a 30 m de altura (Mendonça-Souza, 2006) encontrada na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (Romaniuc Neto et al., 2011). Ocorre em Floresta Ombrófila Densa, Estacional Semidecídua, Restinga, pastagem e próximo a cursos d'água (Mendonça-Souza, 2006). Apresenta hábito terrícola, sendo mais abundante em locais mais úmidos e caracterizada como uma espécie secundária, tolerante à luz, com longevidade acentuada e reprodução tardia (Nazareno, 2009). É uma espécie monóica (Pereira; Semir; Menezes Jr., 2000) que se reproduz durante o ano todo (Mendonça-Souza, 2006). A alta variabilidade genética entre subpopulações é um reflexo do sistema reprodutivo da espécie (alogamia) e da especificidade e capacidade de vôo de suas vespas polinizadoras, que dispersaram grãos de pólen a longas distâncias (Nazareno, 2009).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
4.4.2 Establishment on going
Encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC), dentre elas: Reserva Ecológica Juréia-Itatins, SP, Parque Estadual Vassununga, SP, Estação Ecológica de Caetetus, SP, Parque Estadual do Morro do Diabo, SP e Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo, PR (CNCFlora, 2012).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Em perigo (EN). Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS,2002).
Ação Situação
4.1 Maintenance/Conservation needed
Nazareno (2009) afirma que a fragmentos florestais devem ser preservados devido à alta diversidade genética entre subpopulações.